A Possibilidade de uma Reforma Política, por Luiz Octavio Vieira

No momento atual, sejamos realistas, não há menor condição política para que seja realizada, como alguns poucos pleiteiam, uma assembleia constituinte exclusiva.

E acredito que nem seja o caso. Por outro lado, é indiscutível a necessidade daquilo que está sendo denominada reforma política, cujo conceito ainda não foi delimitado, mas que passaria certamente por alterações na legislação eleitoral principalmente. E esta reforma, sim, é viável, é possível, e já tarda.

Modificações partidárias, alterações nos sistemas das candidaturas e no financiamentos delas são indispensáveis. Para mim, o plebiscito ajudaria bastante o encaminhamento delas para o Congresso.

Mas, percebe-se, será ingenuidade insistir na tese do plebiscito. Conservador como é este Congresso e mais conservador será o próximo, impossível o plebiscito. Os representantes do povo não desejam a participação popular, como se viu em votação recente, e como se ouve em declarações deles.

Assim, o caso será de muita negociação, muita mesma, até que desemboque em referendo popular. Na melhor das hipóteses.

Acautelemo-nos, entretanto, com as armadilhas, como o voto distrital puro, e pior, com a eleição a presidente da Câmara de deputado que nem mereceria ter sido eleito, para começar.

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